Ao que Viemos

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Não tudo, mas alguma coisa depende da idade que temos agora e do jeito que temos de nos lembrarmos das idades que tivemos. Começamos por dizer “quando eu era novo” – mas nós nunca fomos simplesmente novos.
Mais do que termos sido novos, fomos antes vários tipos de novo. Até a tabela mais automática que seguimos começa aos cinco anos, idade das primeiras memórias certas, e continua, roboticamente: 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45, 50, 55, 60, 65, 70 e adiante, tomando o lustro como o equivalente pessoal da década da História.
Fala-se, com lassitude, de gerações. Nunca se fica a saber, mal ou bem, a qual pertencemos, mesmo que queiramos pertencer a alguma. Imagine-se a bandalheira correspondente se assim se falasse dos vinhos do Porto como sendo da geração dos anos 40, 50, 70 ou 90.
Não importa o ano em que se nasce. A idade, tal como no vinho, é relativa. Algumas pessoas ganham em consumir-se cedo. As melhores exigem que se espere. Resta vermos as nossas idades não como um percurso linear e previsível mas com a surpresa deliciosa dos anos vintage que não se adivinhar.
No ser humano, as idades importantes talvez sejam: 0 a 1, 3, 5, 7, 10, 12, 13, 14, 15, 16, 18, 19, 20, 21, 23, 25, 28, 30, 31, 35, 39, 40, 41, 45, 49, 50, 52, 55, 59, 60, 65, 69, 70, 74, 76, 79, 80, 81, 85, 86, 90, 91, 95, 98, 100, 105, 110, 111 e 120.
Quando éramos novos, éramos velhos. Quando somos velhos, ainda somos novos. Resta saber, como sempre, ao que viemos.

Miguel Esteves Cardoso, in ‘Jornal Público (20 Ago 2011)’ 

Verba volant, scripta manent

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As palavras voam, os escritos permanecem.

Esta é uma frase que está estampada em muitos lugares esta semana.
Ela pode ter duas interpretações. A primeira, e talvez mais perigosa:
“Provérbio de grande atualidade que aconselha prudência em pronunciamentos comprometedores e na assinatura de contratos bilaterais.”

No entanto, eu prefiro pensar que, se eu não escrever, minhas palavras (ou ideias) simplesmente voarão, e sumirão… Prefiro deixá-las registradas, mesmo que elas sejam, em alguns momentos, contraditórias!

Hoje penso de uma forma diferente de ontem. Afinal, já tenho mais experiência que ontem. Amanhã, provavelmente, pensarei diferente de hoje.

O ato de escrever permite me avaliar (e ser avaliado). Permite me corrigir, rir de mim mesmo, chorar por mim mesmo.

Preciso escrever mais…


Tenho um segredo que não conto pra ninguém…

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Jekyll & Hyde

I have a secret that I let nobody see
Tenho um segredo que não conto pra ninguém
An evil shadow that’s been hanging over me
Uma sombra do mau tem pairado sobre mim
My alter ego that I try to hold at bay
É meu alter ego, que tento manter à distância
But despite my good intentions he could always get away
Mas apesar de minhas boas intenções ele sempre consegue escapar
He does the things that I don’t want to do
Ele faz as coisas que eu não quero fazer

Sometimes I feel like Jekyll and Hyde
Às vezes me sinto como O Médico e o Monstro
Two men are fighting a war inside
Dois homens estão travando uma guerra dentro de mim

I have a secret that I let nobody see
Tenho um segredo que não deixo ninguém ver
It’s like a split personality
É como uma personalidade dividida
And the one I feed is the one who lives
E aquela que alimento é a que se manifesta
The one I starve will be the one who gives
Aquela que reprimo será a que vai desistir
He won’t do things that I know I should do
Não fará as coisas que eu sei que deveria fazer

Sometimes I feel like Jekyll and Hyde
Às vezes me sinto como O Médico e o Monstro
Two men are fighting a war inside
Dois homens estão travando uma guerra dentro de mim

One gives, one takes, I have to decide
Um dá, um leva, eu tenho que decidir
Sometimes I feel like Jekyll and Hyde
Às vezes, me sinto como O Médico e o Monstro

I need somebody to rescue me
Preciso que alguém me salve
When personalities clash
Quando as personalidades se chocam
I know which person I want to be
Eu sei que tipo de pessoa quero ser
With no defiance, just God-reliance
Sem desafios, que só dependa de Deus

Década de 90 (trilha sonora internacional)

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A década de 90 (dos anos 90) talvez tenha sido uma das que mais marcaram a minha história.

– casamento;
– pessoas importantes que continuam amigos até hoje;
– nascimento da minha filha!
– mudança radical de rumos na vida profissional.

E pra isso tudo, é claro que músicas marcam… Se nossas lembranças são em preto e branco, a música serve para colorir.

Seguem algumas dessas músicas. Nesta primeira parte, só as internacionais…
10 músicas internacionais que marcaram minha década de 90, junto com algumas pessoas que vão se lembrar muito bem dos momentos. É só clicar no link abaixo pra ouvir (e ver) tudo no Youtube.

Top 10 – Anos 90 – Internacional

Jogos… Terapia antiestresse (Euro Truck Simulator 2)

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Sei que um do passatempo “cool” e terapia antiestresse da vez é pintar ou, colorir figuras cheias de detalhes. Ajuda bastante para algumas pessoas.

Mas eu não gosto disso… Já passou minha fase “expressionista”. E só de ver a quantidade de detalhes dos desenhos que o pessoal pinta já fico estressado! Então, preciso usar outras ferramentas para desestressar!

Uma delas é jogos! E aqui, especificamente usando um computador ou um console (tipo Xbox).

O meu jogo favorito se chama Euro Truck Simulator 2. ETS2, como também é conhecido, dá a você a chance de se tornar um motorista de caminhão no conforto da sua casa!

Você vai curtir passear pela Europa no caminhão que escolher, transportando todo tipo de mercadoria.
Uma boa diversão sem correr riscos de acidentes (reais, é claro).

Se você já é um usuário da Steam, vai encontrar o jogo lá também.


Vida…

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1. A vida não é fácil — acostume-se com isso.

2. O mundo não está preocupado com a sua auto-estima. O mundo espera que você faça alguma coisa útil por ele antes de sentir-se bem com você mesmo.

3. Você não ganhará R$20.000 por mês assim que sair da escola. Você não será vice-presidente de uma empresa com carro e telefone à disposição antes que você tenha conseguido comprar seu próprio carro e telefone.

4. Se você acha seu professor rude, espere até ter um chefe. Ele não terá pena de você.

5. Vender jornal velho ou trabalhar durante as férias não está abaixo da sua posição social. Seus avós têm uma palavra diferente para isso: eles chamam de oportunidade.

6. Se você fracassar, não é culpa de seus pais. Então não lamente seus erros, aprenda com eles.

7. Antes de você nascer, seus pais não eram tão críticos como agora. Eles só ficaram assim por pagar as suas contas, lavar suas roupas e ouvir você dizer que eles são “ridículos”. Então, antes de salvar o planeta para a próxima geração querendo consertar os erros da geração dos seus pais, tente limpar seu próprio quarto.

8. Sua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim. Em algumas escolas você não repete mais de ano e tem quantas chances precisar até acertar. Isto não se parece com absolutamente nada na vida real. Se pisar na bola, está despedido… Rua!!! Faça certo da primeira vez!

9. A vida não é dividida em semestres. Você não terá sempre os verões livres e é pouco provável que outros empregados o ajudem a cumprir suas tarefas no fim de cada período.

10. Televisão não é vida real. Na vida real, as pessoas têm que deixar o barzinho ou a boate e ir trabalhar.

11. Seja legal com os CDFs (aqueles estudantes que os demais julgam que são uns babacas). Existe uma grande probabilidade de você vir a trabalhar para um deles.

O Amor Mata

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Love don’t give no compensation
Love don’t pay no bills.
Love don’t give no indication
Love just won’t stand still.
Love kills drills you through your heart

O amor não dá nenhuma compensação
O amor não paga nenhuma conta
O amor não dá nenhuma indicação
O amor simplesmente não sustenta
Amor mata perfurando seu coração

Love kills
Scars you from the start.
It’s just a living pastime
Ruling your heart line
Stay for a lifetime.
Won’t let you go
‘Cause love
Love
Love won’t leave you alone.

Amor mata 
Te marca desde o começo
É só um passatempo da vida
Arruinando seu coração
Permanece por toda a vida,
Não deixa você partir 
Porque o amor
O amor
O amor não te deixa em paz

Love don’t take no resenvation
Love is no square deal.
Hey love don’t give no justification
Strikes like cold steel.
Love kills
Drills you through your heart

O amor não te dá folga
O amor não é uma negociata
Ei o amor não dá justificativa
Golpeia como uma lâmina fria
Amor mata
Perfurando o seu coração

Love kills
Scars you from the start.
It’s just a living pastime burning your lifeline

Amor mata
Te marca desde o começo
É só um passatempo da vida queimando sua alma

Gives you a hard time

Te traz problemas

Won’t let you go ‘cause love
Love
Love won’t leave you alone.
Hey love can play with your emotions
Open invitations to your heart.
Hey love kills. Play with your emotions
Open invitations to your heart

Não te deixa partir porque o amor
O amor
Não te deixa em paz
Ei o amor pode brincar com suas emoções
Um convite aberto ao seu coração
Ei amor mata. Brinca com suas emoções
Um convite aberto para o seu coração,

To your heart
to your heart
love kills.
Love kills
hey
hey
love kills
love kills
love kills
love kills.
Love can play with your emotions
open invitations.
Love kills
hey
drills you through your heart.
Love kills
scars you from the start.
It’s just a living pastime
ruling your heart line
won’t let you go.
Love kills
hey
drills you through your heart

para o seu coração ~
para o seu coração
Amor mata,
amor mata
Ei
Ei
Amor mata
amor mata
amor mata
amor mata
O amor pode brincar com suas emoções
Um convite aberto
Amor mata
Ei
perfurando seu coração
Amor mata
te marca desde o começo
É só um passatempo da vida
Arruinando seu coração
Não te deixa partir
Amor mata
Ei
perfurando seu coração

Love kills
tears you right apart.
It won’t let go
it won’t let go
love kills
yeah
yeah.

Amor mata
te estraçalhando em pedaços
Não deixa partir
Não deixa partir
Amor mata
Yeah
yeah

Paris, Texas (1984)

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Alguns filmes são impressionantes, não pelo seu roteiro de ação, aventura ou efeitos visuais, mas pelo seu drama humano retratado de uma maneira incrivelmente realista.

Um desses filmes é Paris, Texas (1984). Um homem (Harry Dean Stanton) é encontrado exausto e sem memória em um deserto ao sul dos Estados Unidos. Aos poucos se recordando de sua vida, ele é acolhido pelo irmão Walt (Dean Stockwell), que é casado com Anne (Aurore Clément). Com eles vive também Alex (Hunter Carson), filho do homem sem memória, que aos poucos volta a se identificar com o pai.

Ao mesmo tempo (o que é raro) conseguiram criar uma trilha sonora que encaixa perfeitamente. Cada vez que a ouço, posso ver as cenas. Mas ela também serve para momentos em que preciso de uma trilha sonora para a minha realidade.

Talvez vocês gostem…

Ry Cooder Paris, Texas

The Longing (O Desejo)

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Em cada coração há um desejo
Em cada alma um grito desesperado
Para saber se a vida tem algum significado verdadeiro
Ou se nós simplesmente vivemos e morremos
Prazeres terrestres e posses
Deixam o espírito que inunda secar
Em cada coração há um desejo
Que só Jesus satisfaz

Em cada vida tem uma pergunta
Há mais que o olho pode ver?
E o que nós veremos do eterno
Quando o poço dos dias secar?
Então nós procuramos com tão poucas descobertas
A diferença entre verdade e mentira
Enquanto em cada coração há um desejo
Que só Jesus satisfaz

Mistério em uma encosta
O mais puro amor expresso
Lábios de culpa choram, me perdoe
Naquele momento eu encontrei descanso

Então nós procuramos com tão poucas descobertas
A diferença entre verdade e mentira
Enquanto em cada coração há um desejo
Só Jesus satisfaz

A Certeza da Morte (ou A Incerteza da Vida)

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Tentamos nos convencer diariamente que estamos prontos ou preparados para a morte.

A morte é nosso último e pior inimigo. Para alguns (e eu me incluo) a certeza da vitória existe, mas isso não minimiza o fato de que terei que enfrentar esse inimigo.

O desconhecido, o inimaginável, o irreversível, são coisas que arrepiam, metem medo, que deixam na alma a certeza de que o que vem pela frente não tem volta.

Para aqueles que não tem medo do desconhecido, ao menos fica a sensação de tristeza por ter que deixar pessoas queridas para trás sem a possibilidade de mudar isso através de alguma negociação. Lembro-me nesse ponto, do meu pai. Durante um tempo, no seu último ano de vida, ficou a sensação de que ele poderia lutar contra a doença. Isso dava esperança a ele, e com a esperança vinha a força necessária para a luta. Mas em um dado ponto dessa luta pela vida, me parece que ficou para ele, a certeza de que a guerra estava perdida. A tristeza ficou evidente nos seus olhos, palavras, atitudes. Não que ele tivesse medo da morte, mas a irreversibilidade da situação é que o deixava nesse estado de alma. O deixar para trás as pessoas que ele amava (e acredito que nesse caso, minha mãe era a principal) fazia com que o sentimento de impotência diante do fato o deixasse triste.

A morte, no entanto, assusta mais pelo fato de ser imprevisível! Quando? Não sei. Não saber quando será o encontro com seu pior inimigo não é uma sensação agradável.

Apesar da primeira frase do texto afirmar que “tentamos”, ela é mentirosa. O que fazemos de verdade é tentar bloquear esses pensamentos! O ser humano consegue viver sem pensar nisso. Nos ocupamos com a vida. De uma forma simples, vivemos achando que nunca vamos morrer.

Do meu lado, sempre afirmei para todos que me conhecem que não tenho medo da morte (e realmente não tenho). Mas quando penso que o imprevisível, o desconhecido, o inimaginável, o irreversível, vai acontecer, e terei que deixar (ao menos por um tempo) para trás meus queridos, fico triste.

O irônico nisso é que, conforme a caminhada vai se estendendo, mais pessoas vão se juntando a essa lista de “bens” que não quero deixar para trás.

Rio comigo mesmo nesse ponto do texto. Já sei que muitos vão dizer (ao menos pensar) “mas na eternidade terei …, vou encontrar…, vou viver…”. Mas isso não alivia o fato de que vou ter que deixar o que já conheço. E não tenho como evitar, sou humano, me apego sim aos “bens” (pessoas queridas).

Acredito que Confucio estava certo ao dizer “Para quê preocuparmo-nos com a morte? A vida tem tantos problemas que temos de resolver primeiro”. Afinal, quem não sabe o que é a vida, como poderá saber o que é a morte?

Vivamos!

In each heart there is a longing
In each soul a desperate cry
To know if life has some true meaning
Or if we simply live and die
Earthly pleasures and possessions
Leave the sinking spirit dry
In each heart there is a longing
Only Jesus satisfies

The Longing (Petra)

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