Vida nordestina

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Hoje faço uma homenagem aos meus sogros (‘Seu’ Adelson, ‘Dona’ Zenilda), pessoas que merecem meu respeito, e servem de exemplo para mim e meus filhos.

Vivem em Curitiba, mas continuam com o espírito nordestino…

A vida não é de festa
Para o povo do sertão
Mas até quem não tem empresta
Dá a mão
A vida é mais dolorida
Pra esse povo sofredor
Mesmo assim só se vê perdida
De amor
Até o lar onde falta o pão
Tem lá seus dias de alegria
Ao abrigar uma novena
Pra fazer oração
A fé do povo é o que há de seu
Sem ela tudo vai ser pior
Nem roça, nem gado
Existem sem Deus
Mas quando é dia de festa
Todo povo do sertão
Dança para aparar as arestas
Do coração
As moças já tão bonitas
Ficam lindas como quê
E o homem nem acredita
No que vê
Vestindo igreja e palácio
Coroa e catedral
Para o reisado se dançar
Chegança e pastoril
Se dança pelo Natal
Dia de reis é o final
Coco de roda e toré
Orgulho da região
Que agradava a Lampião
Guerreiro e maracatu
Quadrilha e bumba-meu-boi
E só saudade
Depois

Cloud computing para pequenas e médias empresas

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Já faz bastante tempo que não escrevo nada da área de tecnologia no meu blog. Mas dias atrás li uma notícia a respeito da adoção (aliás, não adoção) da computação na nuvem por parte das pequenas empresas aqui no Brasil.

O motivo disso (do não uso do cloud computing) percebi nas conversas com empresários e empregados dessas pequenas empresas. Vamos primeiro a um pequeno relato de como funciona a área de TI (tecnologia da informação) nessas empresas.

Desde que se popularizou o uso de computadores nas empresas, mais especificamente os PCs, todos tentam introduzir, de alguma forma, o processamento de dados, automação, bancos de dados, sistemas de venda, sistemas de controle, enfim, todo tipo de ‘coisa’ que possa agilizar ou melhorar os processos e maximizar seus lucros.

Mas como a maioria das pessoas não sabe criar seus próprios sistemas ou seus sites, e muito menos administrar esses recursos, vão atrás de profissionais da área. Desenvolvedores de software, de sites, de bancos de dados, montadores de hardware e infraestrutura de rede, todo tipo de profissional da área de TI (a lista é enorme). E aí é que o problema começa!

Nem sempre o recurso financeiro disponível por essas pequenas empresas permite contratar um bom profissional de TI. O que acontece mais frequentemente é que contratam alguém que está iniciando (recém formado) ou um profissional que não evoluiu (e que portanto também não pode cobrar muito).

Esses profissionais na maioria das vezes não tem o conhecimento necessário para desenvolver seus sistemas para as tecnologias mais modernas disponíveis no mercado. Não digo com isso que todas as tecnologias mais modernas são acessíveis financeiramente, mas de vez em quando, na história da TI, acontece de tecnologia de ponta ser barata.

Nesse momento a pequena empresa acaba usando tecnologia ultrapassada ou, por incrível que pareça, mais cara do que deveria ser.

O caso específico deste ‘post’ é a não utilização por parte das pequenas empresas (e médias também) do cloud computing, ou computação na nuvem, por total desconhecimento do assunto por parte dos seus fornecedores de serviço de TI. Esses profissionais desconhecem o que é isso, e pensam ser uma coisa difícil, cara, inacessível ao pequeno desenvolvedor e empresário.

Até alguns anos atrás, eu concordaria com eles, pois os serviços eram poucos, caros, e de difícil utilização. No entanto esse quadro mudou radicalmente. O barateamento e facilidade de uso da tecnologia de cloud computing permite que qualquer um (literalmente) tenha acesso ao recurso.

Evidente que nem tudo precisa ir para a nuvem. Mas olhando para o mercado, posso dizer que tem muita coisa sendo feita hoje como se fosse no século passado, sofrendo com as mesmas limitações e problemas.

Empresas como Amazon, Microsoft, Google, trouxeram o melhor para os menores. Mas… como somos brasileiros, algumas coisas ainda nos impediam de ter acesso TOTAL a isso. Duas coisas atrapalhavam: a língua inglesa e o dólar.

As empresas mencionadas acima cobram seus serviços cotados no dólar, e com a insegurança em que vivemos de forma permanente, é sempre muito arriscado contratar qualquer coisa que não sei quanto vou pagar amanhã.

Além disso os serviços de suporte, na maioria das vezes é feito em inglês (manuais, instalações, atendimento).

Mas não se desespere… No Brasil já podemos usar o melhor da tecnologia pagando em reais, e com documentação, suporte, etc, em português!

A Locaweb pode fornecer isso para você. Ela não saiu na frente, mas conseguiu trazer para o mercado uma solução adequada aos meros mortais. Não seja preguiçoso desenvolvedor, estude um pouco o que eles oferecem. Não seja desconfiado empresário, você não se arrependerá quando perceber que seus custos irão reduzir.

Aqui estão os links para você visitar:
Locaweb: http://www.locaweb.com.br/
Jelastic Cloud: http://www.locaweb.com.br/cloud/jelastic/

Indico isso com conhecimento de causa. Sou usuário (não vendedor, nem representante). Fiquei muito satisfeito com os resultados obtidos, mesmo porque pude fazer comparação com os serviços fornecidos pelas demais citadas acima (Microsoft, Amazon, Google).

Minha recomendação é que você estude MUITO e rapidamente o Jelastic Cloud, uma solução barata, de fácil implantação, e muito flexível. É claro que se você é um daqueles profissionais acomodados no mundo Windows (MS), vai ter que evoluir. Mesmo porque, se não fizer isso rapidamente, vai ficar sem trabalho logo.

Um abraço.

Eu sei, mas não devia (Marina Colasanti)

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Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

(1972)

O que somos nós? Poeira ao vento…

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Dust In The Wind

I close my eyes
Eu fecho meus olhos
Only for a moment
Apenas por um momento
And the moment’s gone
E o momento se foi
All my dreams
Todos os meus sonhos
Pass before my eyes, in curiosity
Curiosamente passam diante dos meus olhos

Dust in the wind
Poeira ao vento
All we are is dust in the wind
Tudo o que somos é poeira no vento

Same old song
A mesma velha música
Just a drop of water in an endless sea
Apenas uma gota d’água em um mar infinito
All we do
Tudo o que fazemos
Crumbles to the ground though we refuse to see
Cai em pedaços embora nós nos recusemos a enxergar

Dust in the wind
Poeira ao vento
All we are is dust in the wind
Tudo o que somos é poeira no vento

Now, don’t hang on
Agora, não fique esperando
Nothing lasts forever but the earth and sky
Nada dura para sempre, apenas a terra e o céu
It slips away
O tempo foge
And all your money won’t another minute buy
E todo o seu dinheiro não comprará outro minuto

Dust in the wind
Poeira ao vento
All we are is dust in the wind
Tudo o que somos é poeira no vento
Dust in the wind
Poeira ao vento
Dust in the wind
Poeira ao vento
Everything is dust in the wind
Tudo isso é poeira no vento

Sou Humano

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Acho engraçado quando leio nos ‘posts’ dos meus amigos (de direita ou de esquerda) a frase célebre que diz “estão te manipulando” (na ordem… pela esquerda ou pela direita).
Na verdade, isso só prova que sou um ser humano! Um ser social. Que em todos os momentos da vida escolhe um lado, certo ou errado, mas escolhe.
Fazemos escolhas pelos argumentos mais lógicos (pelo menos é o que nos parece naquele momento) ou simplesmente pela torcida, o tempo todo.
Deixarei de ser humano quando não escolher um lado. O mais interessante disso é que nunca vou estar, na condição de humano, de um lado do “eu sozinho”, já que mesmo os “eu sozinho” não estão sozinhos.
Portanto, da próxima vez que você disser para alguém “você está sendo manipulado”, está certo… Inclusive você está sendo… pelo seu grupo, pelo seu lado, pelo seu partido, pela sua religião, pelos seus amigos, pelo seu cônjuge, pelos seus pais, pelos seus filhos, etc.
Mas não fique triste, você também manipula, afinal, somos humanos, seres sociais que não conseguem viver sem isso, que preferem isso à viver solitários.
Minha sugestão? Mude de manipulador de vez em quando, faz bem pra você.
Ontem fui de esquerda, hoje sou de direita, amanhã provavelmente serei de esquerda novamente, e depois… quem sabe?

P.S.: Neste momento, estou manipulando e sendo manipulado!

Algo Importante

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Hoje fui surpreendido por um e-mail recebido da minha querida (Railda)… Reproduzo abaixo o conteúdo, pois acho que pode ser útil para mais pessoas que querem melhorar nos seus relacionamentos.

Sei que normalmente se faz homenagens em dias especias, hoje não é um dia especial no calendário, mas é um dia em que estou sentindo vontade de compartilhar isso com você!

Hoje fazendo uma reflexão sobre autoestima, fiz uma retrospectiva da minha vida e percebi que o maior responsável pela boa autoestima de uma pessoa é o seu parceiro(a), seu cônjuge, seu namorado(a).

Lembro que eu era aquela mulher “vítima”, não sou bonita, não passei no vestibular, não consigo passar em um concurso público, não temos dinheiro porque a “culpa” é minha, etc, etc.

Mas com o passar dos anos, você começou a me mostrar qualidades que eu não via em mim. No início eu não acreditava, “é só para me enganar”, mas fui acreditando e essa crença foi fazendo com que eu me autoafirmasse. Você é especial, você é bonita, gentil, boa mãe, excelente esposa, disciplinada, organizada, etc.

Lendo o livro da Su Kardosh – “Ideias que cantam em mim”, li algo que realmente faz a diferença na vida de uma pessoa.

“Conviver é experiência. Amar é compreensão, não uma exigência de sucesso…”

E um pouco mais a frente ela fala sobre validação, e usa esse termo para seres humanos, onde diz que validar alguém seria confirmar que essa pessoa existe, que ela é real, verdadeira, que ela tem valor.

“Há a necessidade de ouvir que sou bonito ou bonita, inteligente, prática, boa cozinheira, pessoa de bom gosto, porque ninguém pode apenas autoqualificar-se, porque sua forma e identidade realizam-se também pelo convívio com o outro” (KARDOSCH, S. IDEIAS QUE CANTAM EM MIM, Curitiba: Editora do Chain, 2012, p 56).

Concluindo essa reflexão, sou o que sou, porque tenho alguém ao meu lado que me qualifica!

Obrigada Eliseu Schmidt

E essa é a música que te representa pra mim!!

Certezas

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Não quero alguém que morra de amor por mim…
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim…
Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível…
E que esse momento será inesquecível…
Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre…
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém…e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho…
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento…e não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.
Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe…
Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos, talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.
Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas…
Que a esperança nunca me pareça um “não” que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como “sim”.
Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros… Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.
Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão…
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim… e que valeu a pena.

Adriana Brito

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