O Brasil que meus filhos estão herdando é pobre, podre, sem perspectivas. E a culpa é minha, da minha geração. Fui incompetente e piorei o país herdado dos meus pais. Não sobrou nada.
Um país em que não sabemos sequer de quem (ou de quê) temos mais medo…
Dos bandidos ou da polícia?
De ficar doente ou de morrer rapidamente em alguma maca de hospital?
De estudar nada e ganhar um salário miserável, ou estudar muito e continuar ganhando pouco mas com uma dívida enorme referente aos empréstimos feitos para estudar?
De me aposentar com um salário mínimo ou continuar trabalhando até a morte para ter o mínimo de dignidade?
Cada dia que passa fica a certeza de ter fracassado, de estar deixando para os meus filhos um país MUITO pior do que recebi dos meus pais.
Miserere, miserere, Miserere, misero me Pero’ brindo alla vita! Ma che mistero, e’la mia vita Che mistero! Sono un peccatore dell’anno ottantamila Un menzognero! Ma dove sono e cosa faccio Come vivo? Vivo nell’anima del mondo Perso nel vivere profondo! Miserere, misero me Pero’ brindo alla vita! Io sono il santo che ti ha tradito quando eri solo E vivo altrove e osservo il mondo dal cielo, e vedo il mare e le foreste, vedo me che…. Vivo nell’anima del mondo Perso nel vivere profondo! Miserere, misero me Pero’ brindo alla vita! Se c’e’ una notte buia abbastanza Da nascondermi, nascondermi, Se c’e’ una luce, una speranza Sole magnifico che splendi dentro me dammi la gioia di vivere che ancora non c’e? Miserere, miserere Quella gioia di vivere Che forse, ancora non c’e?
Misericórdia, Misericórdia Misericórdia, eu sou miserável Porem brindo à vida! Mas que mistério, é a minha vida Que mistério! Sou um pecador do ano de Oitenta mil Um enganador Mas onde estou e o que faço Como vivo? Vivo na alma do mundo Perdido vivendo intensamente! Misericórdia, eu sou miserável Porém brindo a vida! Eu sou o santo que te traiu Quando estavas só E vivo displicente e observo o mundo La do céu E vejo mares e florestas Vejo a mim mesmo que… Vivo na alma do mundo Perdido vivendo intensamente! Misericórdia, eu sou miserável Porém brindo a vida! Se houver uma noite escura o suficiente Para esconder-me, esconda-me Se houver uma luz, uma esperança Sol magnífico que resplandece dentro de mim Me dê a alegria de viver Que ainda não tenho! Misericórdia, Misericórdia Aquela alegria de viver que talvez eu ainda não tenha?
Se eu perguntasse para você hoje, se o dinheiro é a solução para os seus problemas, talvez você dissesse “sim” sem pensar muito. No entanto com um pouco mais de reflexão veremos que isso não é suficiente.
Fazer pelo próximo é mais gratificante que o sucesso financeiro egoísta. Uma boa ilustração para isso é o livro que descrevo abaixo. Espero que sirva de inspiração para você mudar alguma coisa ao seu redor.
Insatisfeito com o trabalho de alto executivo na Microsoft, o americano John Wood decidiu fazer um trekking pelo Nepal na esperança de que, ao subir bem alto no Himalaia, deixaria de ouvir o chefe gritando em seu ouvido.
Deu certo. A viagem não apenas funcionou como um antídoto contra a exaustiva rotina de trabalho, como o fez descobrir a paixão e o objetivo maior de sua vida: ajudar crianças carentes a aprender a ler e escrever.
“Saí da Microsoft para Mudar o Mundo” é ao mesmo tempo uma história de transformação pessoal e o relato de um empreendedor social que colocou sua experiência corporativa a serviço de uma causa nobre – mudar o mundo pela força da educação -, criando a Room to Read, uma ONG com a “eficiência da GE e a compaixão de Madre Teresa”.
Wood não esconde que sua inspiração veio de Bill Gates e de Steve Ballmer, a dupla que comanda a Microsoft. Princípios como foco nos resultados, profundo conhecimento dos números, respeito às ideias dos outros, relação de lealdade com a equipe e, acima de tudo, paixão pelo negócio foram tirados do dia-a-dia competitivo da grande corporação e aplicados no combate ao analfabetismo e na promoção da inclusão social.
Com base nesses princípios, em apenas sete anos a Room to Read construiu 287 escolas, 3.600 bibliotecas e 110 oficinas de informática, distribuindo mais de 2,8 milhões de livros e oferecendo 2.336 bolsas de estudo para meninas carentes. No total, mais de 1,2 milhão de crianças de sete países (Nepal, Vietnã, Camboja, Índia, Sri Lanka, Laos e África do Sul) foram beneficiadas. Esses números demonstram a capacidade de Wood de transformar sonhos em realidade.
Título: Saí da Microsoft para mudar o mundo Autor: John Wood Editora: Sextante Lançamento: 2007 Páginas: 240
Alguns têm tudo para viver dias despreocupados. Mesmo descontando o desgaste dos impostos, a violência urbana, o emburrecimento da televisão e a falência dos processos políticos – o custo Brasil – a gente consegue ir levando. Dá para se adaptar? Vive-se na medida do impossível.
Vinga o estereótipo de que as ambições pequeno-burguesas prevaleceram sobre os ideais. O palanque do comício, virou palco do showmício, a sacristia cedeu lugar para o camarim e o laboratório se transformou em negócio. O aeroporto despacha milhões para as primeiras compras em Miami. O governo não permite que a indústria automobilística perca o embalo. Carrinho novo, com prestações a perder de vista, forma engarrafamentos também a perder de vista.
Por que tanto desassossego? A propaganda não promete que banco xis garante sorrisos até a terceira idade? Felicidade se atrela à relação direta da liberdade de escolha? De onde vem o sentimento trágico que sufoca o peito? Homens e mulheres aguardam seus quinze minutos de fama. No morro artificial – marketing puro – do otimismo, os sorrisos se plastificam. Esperança, transformada em frase de efeito, vira recurso piedoso de recriar o mundo de Poliana.
Dúvidas? Ninguém tem, em hipótese alguma. Certezas, sempre. Importa parecer inamovível. Fundamentalismo, outrora uma patologia religiosa, se estende à política, entre neo-ateus e na militância do terceiro setor. As redes sociais favorecem o recurso da farsa. O teclado virou trincheira. Mobilização, só nos dedos. Cresce a virulência dos que se escondem no anonimato de um fake.
A vida real continua intocada. Os processos de alienação são eficientes. A indústria da propaganda tem força. Poucos atentam para os danos do fast-food nas artérias da alma. Milhões morrem de fome no sul do Sudão, nas ilhas paupérrimas das Filipinas, no demonizado Afeganistão, enquanto multidões deliram com os octógonos – modernas arenas – onde gladiadores se destroem por dinheiro.
Faltam sonhos. Fernando Pessoa foi honesto ao anotar: meu passado foi só a vida mentida/ de um futuro Imaginado! A competição que o consumismo promove empurra para frente, mas cobra um preço alto. De que vale o homem ganhar o mundo inteiro e perder a alma? Nossa casa agora precisa de guarita, temos medo.
A constante prontidão, o encarar a vida como batalha, seria responsável por essa fadiga quase universal? O imperativo de vencer não passa de vampiro, com apetite por sangue venoso. Muitos jogam a toalha, simplesmente. Desistem de dar certo ou estar certos e optam pelo cinismo. Com as bandeiras dobradas, seguem pelos corredores dos shoppings em busca do que nem sabem nomear. Passeiam sem fazer questão de imaginar o mundo que deixarão para os netos.
Abatidos, perdem coragem e medo.
Conformados, caminham feito zumbis.
Disformes, descem a ladeira dos anos.
Espalha-se por todos os lados a morbidez dos vencidos. Tantos acordam antes da madrugada clarear, baixam persianas e recusam a visita do sol. Ligam o computador, acreditam ter amigos e se desacostumam com o calor da pele. Algo está errado quando a melhor companhia for o cursor piscando numa tela.
De tudo, resta uma verdade que pode parecer bobeira: a vida é preciosa demais para se perder. Temos que fazer alguma coisa antes que seja tarde demais.
Quem não quer cometer erros no futuro, precisa olhar para o passado. Os brasileiros deveriam ler um pouco mais sobre sua história para não repetir os erros no presente e no futuro.
Lemos pouco, somos praticamente ignorantes a respeito da nossa história, mesmo a mais recente. Mas não custa recomendar para aqueles que tem sede de conhecimento, um livro muito interessante:
Título: 1808 – Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil Autor: Laurentino Gomes Editora: Planeta Lançamento: 2007 Páginas: 414
A fuga da família real portuguesa para o Rio de Janeiro ocorreu num dos momentos mais apaixonantes e revolucionários do Brasil, de Portugal e do mundo. Guerras napoleônicas, revoluções republicanas, escravidão formaram o caldo no qual se deu a mudança da corte portuguesa e sua instalação no Brasil.
O propósito deste maravilhoso livro, resultado de dez anos de investigação jornalística, é resgatar e contar de forma acessível a história da corte lusitana no Brasil e tentar devolver seus protagonistas à dimensão mais correta possível dos papéis que desempenharam duzentos anos atrás. Escrita por um dos mais influentes jornalistas da atualidade, 1808 é o relato real e definitivo sobre um dos principais momentos da história brasileira.
Enquanto a maioria luta para sobreviver, uns poucos (poucos mesmo) ostentam um luxo sem sentido.
Hoje achei em uma loja de “bikes” (bicicleta é coisa de pobre) online uma “oferta” inacreditável! Por “apenas” R$ 27.191,00 você leva uma “bike” incrível! Lembrando que você está economizando R$ 4.799,00.
É impressionante como a falta de bom senso e os valores vão se perdendo conforme conseguimos mais dinheiro. Isso fica absolutamente claro quando analisamos países ricos, onde o inútil passa a ser essencial.
No caso dessa bicicleta isso fica evidente, já que com o “desconto” dá pra comprar 10 bicicletas! Claro que se eu optar por ter uma de altíssima qualidade vou pagar o valor do “desconto”.
Enquanto isso, do outro lado da cidade, pessoas não tem esperança alguma num futuro melhor. Não tem o básico… alimentação adequada, educação, saúde, saneamento básico, segurança (o que é isso?).
Com R$ 20.000,00 o idiota que compra uma bicicleta como essa poderia sustentar 2 crianças em escola particular (boa) durante um ano inteiro. Me desculpem aqueles que acham que estou sendo um radical, mas não existe explicação racional para essa estupidez humana.
Quando vejo isso deixo de acreditar que existe esperança para o ser humano como um ser social inteligente.
Em 2014 algumas coisa importantes vão acontecer no Brasil. Copa do Mundo FIFA é uma delas, e com ela muitas mudanças pelo Brasil. Infraestrutura modificada, gastança institucionalizada, gente se divertindo e gente padecendo. Tudo por conta do evento.
Mas também teremos eleições presidenciais. Esse evento sim, pode ser um divisor de águas entre um futuro promissor e um passado triste. Vamos saber em que medida as manifestações ocorridas em meados do ano passado (2013) foram significativas (ou não). Se permanecerem os mesmos, de um partido ou outro, então saberemos que ainda não sofremos o bastante e que, portanto, teremos mais 4 anos de penúria e sem perspectiva de mudança.
Mas também é um ano significativo em termos pessoais. Afinal, chego aos 50 anos. Nossa! Meio século de vida. Não posso dizer que foram 50 anos perfeitos. Mas estou satisfeito com o resultado alcançado.
Será um ano para aprender, reaprender, ouvir… Não será um ano de grandes realizações, mas um ano para sentar no banco e pensar.
É difícil entender o valor da vida de uma pessoa. Alguns dizem que ele é determinado por aqueles que ficaram para trás. Outros creem que seja determinado pela fé, ou também pelo amor. Outros dizem que a vida não tem nenhum significado. Quanto a mim, acredito que o seu valor seja determinado pelas pessoas que admiravam você. Nesse ponto posso dizer que a vida do meu pai teve MUITO VALOR.
Gostaria de agradecer a todos vocês que estiveram ao lado do meu pai e da minha mãe durante esses meses. Sem o apoio de vocês seria impossível atendermos meu pai da forma como foi atendido. Gostaria de agradecer a todos nominalmente, mas a lista seria interminável: Aos médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionistas do Serviço de Atenção Domiciliar de Curitiba (SAD). Sentimo-nos amados por vocês, mesmo sabendo que fazem pela profissão. Obrigado por fazerem isso com carinho e dedicação. Aos meus amigos e irmãos do grupo de casais, que me apoiaram durante esse tempo todo. Aos queridos irmãos da Igreja Batista Kairós! Obrigado. Aos queridos irmãos da Igreja Batista Independente do Portão! Obrigado. Aos queridos irmãos da Igreja Batista Independente do São Braz! Obrigado. Aos queridos irmãos da Igreja Batista Independente Fazendinha! Obrigado. A todos os irmãos, amigos, que ligaram, visitaram, contribuíram, estiveram ao nosso lado, obrigado! Meu pai foi amado de verdade, não somente com palavras, mas pela ação de vocês.
Uma das grandes preocupações dele quando ficou doente é que faltasse o sustento. Mas Deus, através das ações de vocês, não permitiu que isso acontecesse. Em NENHUM momento faltou algo para meu pai ou minha mãe. Também pudemos perceber Deus agindo desde o primeiro dia em que foi constatada a enfermidade. TODAS as portas estiveram abertas. Médicos, hospitais, atendimento domiciliar, sem demora ou burocracia. Obrigado a Deus pelo cuidado e a vocês por se permitirem serem usados por Ele para abençoar meu pai e minha mãe.
“O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.” (Cora Coralina)
“Filho, então valeu a pena viver do jeito que eu vivi?” (Reynaldo Schmidt em julho/2012) Minha resposta não poderia ser outra: “Sim pai, valeu.”
Tenho certeza que ele usaria o texto de Paulo: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. Agora me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda.” (2 Timóteo 4:7-8)
Obrigado pai pelo modelo que você me deixou. Espero ser capaz de seguir seus passos.
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